Confesso que já ouvi diversas opiniões e pontos de vista sobre confiança, mas neste espaço vou falar sobre a opinião deste Inconsequente que vos escreve.
Confiança não é um produto pronto que vem como item de série dentro das pessoas. Nem poderia. A confiança que você tem de outras pessoas não é sua. É delas. Elas é que depositaram a confiança em você.
É confuso, eu sei. Pense: você não é responsável nem pode controlar quem tem ou não a confiança que, no fim das contas, é sua. E justamente por ser só sua é que é tão difícil deixá-la nas mãos de outras pessoas. E mais: ela só funciona quando não está mais com você.
Outro ponto importante e que deve ser observado é o de que a confiança não é dada. Ela é conquistada, ou às vezes, tomada à força. Até mesmo quem testa a confiança nos outros busca medir essa conquista.
Veja: você não pegou o carro do seu pai pela primeira vez com toda a confiança dele. Mas, se voltou cedo e com o carro inteirinho e com o tanque cheio, acho que a confiança surgiu.
Obviamente, não é tão simples assim. A confiança é construída arduamente ao longo do tempo. Seguindo no exemplo, imagine que depois de sair com o carro do seu pai por 3 anos, você acaba dando PT no bólido depois de beber todas na balada. Adivinha aonde foi parar a confiança, mesmo depois de tê-la indiscriminadamente?
Claro, é você quem determina o tempo necessário e os critérios para que a confiança seja estabelecida. Contudo, são os atos da outra parte envolvida nessa conversa que determinam a construção ou não da sua confiança. Daí a "involuntariedade" dessa coisa chamada confiança.
Você pode amar uma pessoa e não confiar nela, ao passo que pode haver um desafeto justo o suficiente para desfrutar da sua confiança.
O processo de confiança é tão delicado que para descontruí-lo é muito mais fácil do que construí-lo. A proporção não é na mesma medida. Qualquer atitude besta já espanta qualquer edificação e solidez da confiança que antes existia ali.
Em contrapartida, são necessárias diversas atitudes no sentido de construir cada tijolo da confiança que, talvez, não tenha passado de um projeto.
É como se tivéssemos que construir um muro com cartas do baralho. É muito, muito difícil colocá-lo em pé e mantê-lo dessa forma, e sempre é possível aumentá-lo enquanto houver cartas. Mas basta uma brisa qualquer para destruir parte ou todo o muro.
É... no fim das contas, sábio é o mineiro, que tem fama de desconfiado e não dorme com os olhos dos outros.
Inconsequente, intermitente, inconsciente, insalubre, inconsistente, impaciente e inconveniente.
sexta-feira, 25 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Por um mundo sem você, talvez...
Talvez eu não tivesse que escrever este post agora.
Talvez eu tenha demorado pra atualizar o blog, mas talvez tenha esperado o tempo certo.
É, talvez... Você, que não passa de uma palavra, tornou-se dispensável para mim. Por sua culpa, talvez, as pessoas não têm certeza de onde ir, o que fazer e o que pensar. Inclusive eu, que sou um Inconsequente.
Por isso, peço que você fique o mais longe possível de mim e das pessoas que me cercam. Você, talvez, só causa estranheza, incerteza e desconfiança. Eu sei, talvez, você não tem culpa. Já nasceu assim.
Talvez, você seja o responsável pela maioria das atitudes das pessoas. Eu sei que elas só se movimentam quando sentem-se desconfortáveis. Você, talvez, instiga a não-acomodação alheia. Admiro isso. E só.
Talvez você nem saiba que a culpa por fim de relacionamentos, por conclusões precipitadas, por passos mal dados, por caminhos tortos e outras coisas do gênero, seja sua.
Mas talvez, por isso mesmo, eu queira você bem longe. Você é tão perigoso que não mede e não conhece, talvez, a força que tem.
Eu sei também, que não é você quem vai atrás das pessoas para inundar as suas vidas com insegurança, talvez. É o contrário que, na maioria das vezes acontece. As pessoas, ou no caso, nós, é que deixamos, ou mais, convidamos você para passar um tempo em nossas casas.
Você é como aquela mulher do golpe do baú. Chega de mansinho, vai tomando conta da nossa vida, e quando percebemos a sua presença e as suas reais intenções, já é tarde.
Mas, apesar disso, às vezes, talvez seja você que nos faz entender o real valor das coisas. Não que isso seja o correto. Até por que, mesmo quando você ensina alguma coisa, você talvez esteja atrasado, e esse entendimento já não vale de mais nada.
Percebi isso ao ler uma frase que no twitter, acabei retuitando no domingo. Ela exemplifica bem o efeito do talvez, e que, talvez, ainda não tenhamos nos dado conta:
"Se você precisou da minha ausência para saber do meu valor, é porque talvez você nunca tenha merecido a minha presença."
Por isso, e por tudo isso, talvez, desejo que um dia, quem sabe, você possa evoluir e se tornar uma certeza dessas bem grandes, que por mais avassaladoras que sejam, trazem no seu mínimo bem o máximo que o talvez pode trazer.
Talvez eu tenha demorado pra atualizar o blog, mas talvez tenha esperado o tempo certo.
É, talvez... Você, que não passa de uma palavra, tornou-se dispensável para mim. Por sua culpa, talvez, as pessoas não têm certeza de onde ir, o que fazer e o que pensar. Inclusive eu, que sou um Inconsequente.
Por isso, peço que você fique o mais longe possível de mim e das pessoas que me cercam. Você, talvez, só causa estranheza, incerteza e desconfiança. Eu sei, talvez, você não tem culpa. Já nasceu assim.
Talvez, você seja o responsável pela maioria das atitudes das pessoas. Eu sei que elas só se movimentam quando sentem-se desconfortáveis. Você, talvez, instiga a não-acomodação alheia. Admiro isso. E só.
Talvez você nem saiba que a culpa por fim de relacionamentos, por conclusões precipitadas, por passos mal dados, por caminhos tortos e outras coisas do gênero, seja sua.
Mas talvez, por isso mesmo, eu queira você bem longe. Você é tão perigoso que não mede e não conhece, talvez, a força que tem.
Eu sei também, que não é você quem vai atrás das pessoas para inundar as suas vidas com insegurança, talvez. É o contrário que, na maioria das vezes acontece. As pessoas, ou no caso, nós, é que deixamos, ou mais, convidamos você para passar um tempo em nossas casas.
Você é como aquela mulher do golpe do baú. Chega de mansinho, vai tomando conta da nossa vida, e quando percebemos a sua presença e as suas reais intenções, já é tarde.
Mas, apesar disso, às vezes, talvez seja você que nos faz entender o real valor das coisas. Não que isso seja o correto. Até por que, mesmo quando você ensina alguma coisa, você talvez esteja atrasado, e esse entendimento já não vale de mais nada.
Percebi isso ao ler uma frase que no twitter, acabei retuitando no domingo. Ela exemplifica bem o efeito do talvez, e que, talvez, ainda não tenhamos nos dado conta:
"Se você precisou da minha ausência para saber do meu valor, é porque talvez você nunca tenha merecido a minha presença."
Por isso, e por tudo isso, talvez, desejo que um dia, quem sabe, você possa evoluir e se tornar uma certeza dessas bem grandes, que por mais avassaladoras que sejam, trazem no seu mínimo bem o máximo que o talvez pode trazer.
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