Se tem uma coisa que sei fazer muito bem, e sem nenhuma modéstia, conheço poucas pessoas melhores do que eu, é não fazer nada.
Sinto um tremendo prazer em ficar lagarteando horas a fio sem mover uma palha. Nesse momento, sinto que poderia ficar anos sem fazer nada, caso reconhecessem o meu talento em não ter talento algum e brotasse uma grana dessa não-atividade.
Essa certeza sempre vem à tona lá pelas três da tarde: o corpo está preocupado em concentrar as energias para digerir toda a maçaroca do almoço e aquela moleza vem te abraçando e te ninando como se fosse a mais irresistível das mulheres.
Outra situação que eu sempre causa saudades: que saudade do cochilo no sofá. Não há momento melhor para "puxar uma paia" do que o fim do vídeo show e o começo da "A Lagoa Azul".
É uma sensação que deveria ter sido valorizada quando tinha a oportunidade de me afundar no sono pós-almoço e não o fazia. Eu sei, você também está se lamentando por isso.
Por isso, não troco minha cama, ou meu sofá por um colchão ou festa qualquer. Neste momento, invejo os espanhóis e sua famosa siesta.
Hoje ninguém afeta o meu plano de dormir decentemente todas as noites durante a semana, e indecentemente aos finais de semana.
Ah, maldita leseira que me impede de estudar!
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