quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Médicos: os Deuses dos tempos modernos


Tenho tido algumas experiências com médicos que me fizeram pensar em algo que muita gente já diz por aí. Os médicos são os Deuses dos tempos modernos.

É terminantemente proibido questioná-los, pois do alto de sua sabedoria e sapiência infinita, não conseguem, em sua maioria, tratar com o mínimo de respeito aqueles que não são especialistas em medicina.

"Bom dia", "boa tarde", ou uma explicação decente sobre um tratamento, procedimento ou algo do tipo é um luxo de quem pode pagar pela sua consulta particular. Ou nem deles.

Ok, a generalização aqui tem um único intuito: gerar polêmica e contribuir para uma reflexão mais apurada sobre a atitude profissional de cada médico. O Inconsequente aqui, além de se consultar em vários deste tipo, já trabalhou em empresas de saúde com renomados doutores (e outros nem tanto assim).

Que os Deuses dos tempos modernos não venham alegar que a quantidade de pacientes é grande, que as condições de trabalho não são as ideais e etc. Isso, meus caros, chama-se realidade. Cada pessoa no nosso país tem suas próprias reclamações sobre as condições de seu trabalho, sobre seus salários e o que for. Não é um fardo somente de sua classe. Aceite. Reivindique. E trabalhe, como tantos outros.

Atitudes como educação, respeito, paciência deveriam ser pré-requisitos para o ingresso dessas pessoas no curso de medicina. Cuidado: não confunda uma reivindicação por mais zelo com criação de vínculos afetivos. Ninguém aqui está pedindo para que cada médico torne-se um amigo de infância de seus pacientes.

Já cansei de ouvir "causos" de populares que, por falta de informação (que deveria ser provida pelo seu médico) erraram a mão no tratamento, sofreram mais que o necessário e passaram por outras milhares de sortes de encrencas. Isso sem falar no desaforo que muitos sofrem somente ao esperar um atendimento (isso, quando o atendimento acontece). Não vou falar sobre o problema crônico da saúde pública por que este tema merece um post só dele.

Aqueles médicos que sabem tratar seus pacientes como pessoas e não como cobaias, acabam por destacar-se entre outros milhares de profissionais. Curioso, não é?

House é um ótimo estereótipo do que digo aqui. O cara é brilhante, mas não sabe ser gentil com uma formiga. Será o autor/criador da série foi tão inventivo a ponto de criar algo fantasioso ou será que, ao idealizar o seu protagonista, ele levou em consideração o sentimento comum para que sua série fosse um sucesso?

Não à toa, a palavra de ordem dos empresários da saúde é "Humanização". Até eles já perceberam. Agora, meus caros, é hora de colocar em prática.

Às exceções, perdão. Sei que vocês não irão se importar.

Por fim, uma sacada esperta do Inconsequente (pesquisei no Google, antes que venham dizer que copiei):
"A unanimidade é burra. E essa é uma opinião unânime."

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