quarta-feira, 25 de maio de 2011

Questão de prioridade

Estive pensando em como a questão "prioridade" é relativa e volátil.

Relativa por que a prioridade de cada um em qualquer aspecto de sua vida é influenciada pela doença chamada "Síndrome do Umbigo".

Ou seja, o que é prioridade para fulano pode não ser a prioridade do ciclano. Daí a dificuldade de conciliar planos, compartilhar projetos ou dividir ideias. Para que isto aconteça, é necessária uma convergência de sentido de prioridades, tornando o objetivo de todos os envolvidos em algo comum.

O que se observa é que, mesmo para duas pessoas, a convergência não é fácil de acontecer. A questão "volatilidade" entra aqui. Uma prioridade deve ser compartilhada por essas duas pessoas em ordem de importância e ao mesmo tempo.

Só que atualmente, com a velocidade dos acontecimentos, as opiniões não são lá muito sólidas, e mudam com a mesma velocidade das informações.

Imagine a seguinte situação, e veja se você já viveu algo parecido:

Um grupo de amigos se reúne em uma casa. A dúvida: pedir pizza ou esfihas? Três querem pizzas e dois, esfihas. Como a maioria vence, iniciam a ligação para fazer o pedido. Eis que, em um momento, um dos três que preferiam a pizza muda de time e diz que prefere esfiha. Está feita a bagunça. Daí pra frente, você pode imaginar quanto tempo levaram para finalizar o pedido.

A situação levanta perguntas simples:
- A prioridade do grupo era matar a fome em pouco tempo ou escolher o melhor prato?
- O que é mais importante: acabar com a fome ou vencer a discussão?

Assim, temos mais um agravante (a vaidade) para que a prioridade seja, de fato, uma prioridade para os envolvidos e não somente mais um assunto da agenda de discussões.

O medo é que, num mundo onde a reina a individualidade, as prioridades se tornem tantas que não saberemos mais reconhecer o que é realmente importante.

E, cá entre nós, o importante é ser a prioridade de outra pessoa, e não das circunstâncias. Que um dia, todos possam ter a certeza de que alguém sempre olha por você, e que esse alguém não sejam seus pais.

A sensação deve ser boa.

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