quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Trabalhando a velocidade interna

De tempos em tempos, algumas coisas chamam a atenção em momentos absolutamente inusitados. O último insight foi durante uma palestra, em uma convenção da empresa. Uma frase do renomado palestrante ecoou nos ouvidos e fez o mais absoluto sentido. Ele disse que, segundo a psicologia, temos que manter a nossa velocidade interna baixa.

Não sou psicólogo e tampouco pretendo aqui explicar o que este termo significa em sua literalidade. Vou me limitar a dizer que o termo tem um sentido incrivelmente verdadeiro quando pensamos em todas as esferas da vida.

Todas as decisões - profissionais e pessoais - que tomei quando estava com a tal velocidade interna baixa foram acertadas. Os meus maiores sucessos se relacionam com esse "estado de espírito". Se você pensar um pouco a respeito, é provável que chegue à mesma conclusão.

Sou assumidamente apressado e extrovertido, e apontado como hiperativo. Muitas vezes as minhas palavras não conseguem acompanhar o meu pensamento, e por isso, às vezes chego a gaguejar. Por isso tive facilidade de enxergar o benefício de ter a velocidade interna reduzida para tomar decisões.

A calma, o raciocínio lógico, a frieza e o bom senso trabalham em perfeita harmonia quando estamos na condição de velocidade interna baixa. Isso favorece decisões corretas, diminuindo drasticamente as chances de arrependimento.

No fim das contas, o aprendizado é constante e a velocidade interna varia de acordo com os nossos sentimentos e as urgências do dia a dia. Contudo, a partir de agora, a consciência sobre a velocidade interna já existe e, portanto, utilizar esse subterfúgio ao nosso favor pode fazer diferença.

Trabalhar esse controle de velocidade não tem sido, nem de longe, fácil. E não há fórmula para tal. Ao mesmo tempo, não deve ser mentalmente saudável permanecer sempre em velocidade interna baixa. Neste caso o equilíbrio também deve se fazer presente, mas o descontrole não.

A ideia não é construir um robô envolto em racionalidade e frieza, mas diminuir as chances de precipitação que tanto atrapalha os nossos pequenos passos. Afinal, o imponderável pode ser delicioso, desde que estejamos prontos para lidar com ele.

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