sexta-feira, 8 de abril de 2011

Me vê um manual, por favor...

Muitas vezes me pego pensando que a vida seria mais fácil se algumas coisas, situações ou acontecimentos viessem com um manual de instruções.

Pense naquele dilema infinito no seu trabalho... Ou naquelas palavras de alguém que você não soube interpretar. Agora imagine as mesmas situações com um manual à sua disposição.

Ficou mais fácil, né?

Eu sei, você está pensando: "Mas se tudo tivesse um manual, qual seria a graça da vida?".

Arrisco a dizer que, se houvesse um manual, nós perderíamos menos tempo com suposições, borboletas no estômago, achismos infundados e manteríamos a nossa atenção no que de fato importa.

Algum texto por aí diz que a felicidade está em buscá-la, ou algo que o valha. Eu discordo. Se fosse, de fato, o caminho não seria espinhoso e desleal.

Ou seja, a suposição está equivocada. Na verdade, a felicidade da proposição está em superar obstáculos. Não a vejo assim também. E nem é de felicidade que estamos falando.

A questão aqui, é no fim das contas, um pedido para que as pessoas sejam mais claras e sinceras possível, ou tanto quanto puderem ser.

Esse tipo de atitude pode, quem sabe, substituir o meu tão pedido manual.

Expressões e frases como "Eu quis dizer", ou "Ela(e) quis dizer" ou ainda "Acho que" deveriam ser substituídos por "Eu disse" "Ela(e) disse" e "Tenho certeza que".

Só assim eu vou considerar não consultar o manual. Mas, por via das dúvidas, vou deixá-lo guardado na gaveta.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Em quem confiar?

Confesso que já ouvi diversas opiniões e pontos de vista sobre confiança, mas neste espaço vou falar sobre a opinião deste Inconsequente que vos escreve.

Confiança não é um produto pronto que vem como item de série dentro das pessoas. Nem poderia. A confiança que você tem de outras pessoas não é sua. É delas. Elas é que depositaram a confiança em você.

É confuso, eu sei. Pense: você não é responsável nem pode controlar quem tem ou não a confiança que, no fim das contas, é sua. E justamente por ser só sua é que é tão difícil deixá-la nas mãos de outras pessoas. E mais: ela só funciona quando não está mais com você.

Outro ponto importante e que deve ser observado é o de que a confiança não é dada. Ela é conquistada, ou às vezes, tomada à força. Até mesmo quem testa a confiança nos outros busca medir essa conquista.

Veja: você não pegou o carro do seu pai pela primeira vez com toda a confiança dele. Mas, se voltou cedo e com o carro inteirinho e com o tanque cheio, acho que a confiança surgiu.

Obviamente, não é tão simples assim. A confiança é construída arduamente ao longo do tempo. Seguindo no exemplo, imagine que depois de sair com o carro do seu pai por 3 anos, você acaba dando PT no bólido depois de beber todas na balada. Adivinha aonde foi parar a confiança, mesmo depois de tê-la indiscriminadamente?

Claro, é você quem determina o tempo necessário e os critérios para que a confiança seja estabelecida. Contudo, são os atos da outra parte envolvida nessa conversa que determinam a construção ou não da sua confiança. Daí a "involuntariedade" dessa coisa chamada confiança.

Você pode amar uma pessoa e não confiar nela, ao passo que pode haver um desafeto justo o suficiente para desfrutar da sua confiança.

O processo de confiança é tão delicado que para descontruí-lo é muito mais fácil do que construí-lo. A proporção não é na mesma medida. Qualquer atitude besta já espanta qualquer edificação e solidez da confiança que antes existia ali.

Em contrapartida, são necessárias diversas atitudes no sentido de construir cada tijolo da confiança que, talvez, não tenha passado de um projeto.

É como se tivéssemos que construir um muro com cartas do baralho. É muito, muito difícil colocá-lo em pé e mantê-lo dessa forma, e sempre é possível aumentá-lo enquanto houver cartas. Mas basta uma brisa qualquer para destruir parte ou todo o muro.

É... no fim das contas, sábio é o mineiro, que tem fama de desconfiado e não dorme com os olhos dos outros.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Por um mundo sem você, talvez...

Talvez eu não tivesse que escrever este post agora.

Talvez eu tenha demorado pra atualizar o blog, mas talvez tenha esperado o tempo certo.

É, talvez... Você, que não passa de uma palavra, tornou-se dispensável para mim. Por sua culpa, talvez, as pessoas não têm certeza de onde ir, o que fazer e o que pensar. Inclusive eu, que sou um Inconsequente.

Por isso, peço que você fique o mais longe possível de mim e das pessoas que me cercam. Você, talvez, só causa estranheza, incerteza e desconfiança. Eu sei, talvez, você não tem culpa. Já nasceu assim.

Talvez, você seja o responsável pela maioria das atitudes das pessoas. Eu sei que elas só se movimentam quando sentem-se desconfortáveis. Você, talvez, instiga a não-acomodação alheia. Admiro isso. E só.

Talvez você nem saiba que a culpa por fim de relacionamentos, por conclusões precipitadas, por passos mal dados, por caminhos tortos e outras coisas do gênero, seja sua.

Mas talvez, por isso mesmo, eu queira você bem longe. Você é tão perigoso que não mede e não conhece, talvez, a força que tem.

Eu sei também, que não é você quem vai atrás das pessoas para inundar as suas vidas com insegurança, talvez. É o contrário que, na maioria das vezes acontece. As pessoas, ou no caso, nós, é que deixamos, ou mais, convidamos você para passar um tempo em nossas casas.

Você é como aquela mulher do golpe do baú. Chega de mansinho, vai tomando conta da nossa vida, e quando percebemos a sua presença e as suas reais intenções, já é tarde.

Mas, apesar disso, às vezes, talvez seja você que nos faz entender o real valor das coisas. Não que isso seja o correto. Até por que, mesmo quando você ensina alguma coisa, você talvez esteja atrasado, e esse entendimento já não vale de mais nada.

Percebi isso ao ler uma frase que no twitter, acabei retuitando no domingo. Ela exemplifica bem o efeito do talvez, e que, talvez, ainda não tenhamos nos dado conta:

"Se você precisou da minha ausência para saber do meu valor, é porque talvez você nunca tenha merecido a minha presença."

Por isso, e por tudo isso, talvez, desejo que um dia, quem sabe, você possa evoluir e se tornar uma certeza dessas bem grandes, que por mais avassaladoras que sejam, trazem no seu mínimo bem o máximo que o talvez pode trazer.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eu te conheço?

Quantas pessoas podem dizer que conhecem você profundamente?
E você, conhece profundamente quantas pessoas?

Proponho aqui um breve exercício: pense nas pessoas que você julga conhecer profundamente. Conte quantas são e anote seus nomes em um papel. Agora pense em ao menos uma situação com cada uma delas em que você consiga demonstrar o porquê as conhece profundamente.

Depois, se for possível, converse sobre o que você pensou com elas. Se quiser me contar qual foi ou quais foram os resultados, vou gostar bastante.

Entendo que a maioria das pessoas que considero meus amigos não me conhecem profundamente, e eu tão pouco a eles. Isso não quer dizer que são relações superficiais.

A superficialidade é boa, e o "conhecer profundamente" nem sempre é o meu desejo com todos, nem o de todos comigo.

O meu conceito de conhecer profundamente é simples: quando você passa a pensar a mesma coisa que o outro frequentemente, você conhece profundamente. Se você já passou por isso, não precisarei explicar. Se ainda não passou, lembrará deste post quando passar.

Sinto que muita gente exerce o papel de filho, mas não conhece seus pais. Exerce o papel de namorado (a) e não conhece sua companheira (o). Exerce o papel de amigo, mas não honra esse título.

Acontece que, quando esse tipo de relação se estabelece, a responsabilidade para com o outro é maior. A ligação de características e a compatibilidade de conduta tornam as partes envolvidas muito dependentes uma da outra.

Isso faz com que a relação se torne muito intensa: a sensação de segurança, de parceria e de cumplicidade justifica toda e qualquer alegria, mesmo que barata, ao lado da pessoa que se conhece profundamente.

Contudo, o lado negativo é tão forte quanto: decepcionar ou ter uma decepção por parte de alguém que você conhece ou que te conheça tão bem é como receber uma pedrada de paralelepípedo no rosto. Daí a responsabilidade mencionada acima.

E por que isso acontece? Por que, na verdade, são poucas, ou nenhuma pessoa que mantém esse tipo de relação conosco.

Uma vez me disseram que sou o tipo de pessoa que você mal conhece e já fica amigo. Fiquei muito feliz em receber essa notícia, mas hoje tenho a noção de que conquistar a simpatia das pessoas é uma coisa. Conhecê-las, de fato, é outra.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pausa para leitura...

Faço uma breve pausa para falar um pouco a respeito dos blogs que o Inconsequente aqui lê.

O intuito é mostrar um pouco do que leio diariamente na internet, e agradecer, de certa forma, por essas pessoas dividirem um pouco de seus pensamentos e opiniões comigo.

Como são sete links que estão elencados aí ao lado, farei um post sobre cada um deles ao longo dos dias.

Vou começar com o Blog do André Kfouri.

Filho do conhecido jornalista Juca Kfouri, André consegue se desvencilhar da imagem do pai com muita personalidade e maturidade, o que fez de seu blog o meu preferido entre os esportivos.

Acompanho seu trabalho desde os tempos do Ig, quando seus textos alimentavam o Blogol. Atualmente seu blog se hospeda no Lancenet, braço digital do jornal Lance. Tem uma formatação que facilita o ritmo da leitura, tornando-a rápida e envolvente.

Outra característica que me atrai é que seus posts em geral não são nenhum tratado de Tordesilhas. São objetivos e claros, com sutilezas que vão da discrição à ironia (o que me atrai muito).

Esse tipo de texto ajuda a diminuir aquele estigma de que o homem que gosta de futebol é um ogro que toma cerveja e fala palavrão. Inclusive, entre os leitores do blog, encontram-se muitas mulheres, pelo que percebo.

André fala, na maioria das vezes, de futebol sob uma ótica muito bem ponderada, produzindo uma crítica justa e sincera, diferente do que encontramos por aí no jornalismo esportivo.

As famosas especulações de boteco não têm vez em seu blog, qualificando a informação ali  postada e conferindo mais credibilidade ao canal.

Outro ponto que me chama a atenção é que André tem, como poucos blogueiros, o hábito de responder comentários pessoalmente, proporcionando uma proximidade e uma troca que não existe em outros blogs.

Pra finalizar, não deixe de ler o perfil dele. É o que eu gostaria de dizer às pessoas daqui uns anos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Corpo fechado

Não. Não é anúncio de pai de santo, de cartomante ou de bruxaria. Vou falar sobre o princípio do corpo fechado, e não sobre os rituais que prometem isso.

Estar com o corpo fechado é não se deixar atingir por terceiros. Certa vez uma amiga e eu conversamos muito sobre isso, e foi ela quem me chamou a atenção pra esse detalhe.

Às vezes reclamamos muito de que somos o alvo, mas é difícil perceber que muitas vezes, quem corre atrás das flechas somos nós. Daí a história sobre corpo fechado.

Sob a minha ótica (e a da minha amiga), quem determina o que nos atinge e o que passa reto somos nós mesmos. E ninguém mais. Você escolhe ser atingido pela maioria das coisas que te acertam. Do mesmo modo, é você quem decide o que passa reto.

Pare pra pensar naquela pessoa que pisou em você, única e exclusivamente por que você permitiu que fosse assim. Em contrapartida, pense naquela situação extremamente adversa que nem um respingo teve. Por isso, digo: o segredo é a nossa decisão de nos deixar atingir ou não.

Calma: não sou fundamentalista em afirmar que há como fazer o controle total sobre o que nos atinge ou não. Entendo que em muitas situações, isso é inevitável. Mas é nossa opção ficar sangrando ou bater o pó.

Eu busco o meio termo. Entendo que se deixar atingir às vezes faz parte. E tem dois lados. O lado positivo é que a flecha pode ser muito boa. Pode ser muito, muito bom ser atingido. Contudo, também pode ser uma flecha grande demais para as nossas capacidades. Nesse caso, o lado bom é a cicatriz que ela causa, possibilitando algum crescimento. Mesmo que seja forçado. Mesmo que doa.

Pra finalizar, quero falar também de quem atinge. O Pequeno Príncipe disse que “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Eu completo dizendo que você também é responsável por quem ou aquilo que atinge ou destrói.

Pense em quanto você está se deixando atingir. Pense em quanto você está atingindo. Eu estou pensando, e até agora, ainda não cheguei a nenhuma conclusão.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A honestidade de relacionamento

Esse é um termo que venho usando há uns anos. Resolvi ser honesto com os meus relacionamentos e honesto com as pessoas que resolvem se relacionar comigo.

A princípio, pode parecer simples. Mas acho que tem muito mais de Inconsequente do que parece.

Ser honesto em um relacionamento é começar por você mesmo. Assumir seus sentimentos, ou a ausência deles, é uma boa maneira de começar. Entender o que passa, escutar seu coração (ou a razão) em muitos casos pode ser crucial.

A honestidade não é tão simples de ser encontrada. Por isso, escutar amigos, amigas e família pode ser um passo importante pra que você seja mais honesto com os seus sentimentos. E então, a partir daí, mais honesto com os outros que são impactados pelas suas decisões.

Mas não se engane: quem determina a sua honestidade é você. E não é necessário dizer com todas as letras e palavras o que você sente, nem tão pouco perguntar diretamente sobre seu caso (leia o post "Isso é uma indireta"). A ideia é refletir sobre, capisce?

Inclusive, demonstrar a sua decisão para outra pessoa, fazer com que esses sentimentos sejam visíveis e decifráveis também faz parte desse processo. Sejam elas decisões boas ou ruins. A longo prazo ou a curto prazo. De amor ou de aventura.

Desligar-se de um relacionamento por completo pra poder começar outro é tão honesto que deveria ser pré-requisito. É o tipo de atitude que resguarda ambas as partes. O contrário, acaba caindo no clichê que do poderia ter sido e não foi.

Na prática, isso significa se livrar de fotos de cabeceira (e não guardá-las em uma caixa pra olhar de vez em quando), apagar depoimentos e esquecer determinadas coisas. Incluir nos planos e tornar prioridade. Mais que isso: desocupar o coração para receber outra pessoa.

O último ponto que define a honestidade de relacionamento é uma atitude que os nossos bisavós já invocavam, mas que é muito difícil de realizar: se colocar no lugar do outro. Essa atitude dá uma ótima noção, mesmo que sob a ótica pessoal, de honestidade de relacionamento, de respeito, admiração e perenidade.

A honestidade de relacionamento não é imposta. É sentida, e deve ter a ingênua condição de ser exercida.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Portuñol: la aula!‏

Cuemo todos nosotros sabemos, hablar español requer, en la verdad, un poquito de treinamiento.

Pero, se usted hasta coñece la lengua portuguesa, todo o que tienes a hacer é dar una fuerçadita en el sotaque e en el diminutivos, alién de introduzir las vogais dientro de las palavritas.

Presta la tención en la frase de ejemplo: “Hoy, yo me sientei en la caderita, mirei la pelota e piensei: ¿Dios! Quien haberá de ter feito un furito en el cuero?”

Otra dica que yo puedo dar a usted és la utilización de la puntuación indicactivita de la pregunta. La junción de las teclas ‘Alt + 168’ resulta en el puento de exclamación de puenta cabeza: ¿.

Tenemos un ótimo exemplito de portuñol en la noviela de las siete: Victor Valentin, que en la verdád já fuê otra persona, que hoy já no és más. Con todo su repertório de palabras sotaqueadas, demuenstra como és possible se hacer entendier mesmo que non se saiba un nadita de español.

Por isso, mis caros, yo preparé este “post-guia práctico” del la lengua española, para que usted saiba, en el mínimo, solicitar un cachuerro quiente e una coca-cuela afuera de su país.

Un grande abracito,

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Encontrei um famoso...

Em primeiro lugar, entenda por famoso uma pessoa pública que você admira, e não ex-BBB's, ok?

É engraçado como não conseguimos prever e controlar nossas reações quando estamos diante de uma pessoa que admiramos. Já tive reações planejadas e reações completamente fora do que eu imaginava que teria.

Às vezes, quando vejo que o tal famoso está na área, já fico me perguntando:

"Será que vou até lá abordar o sujeito?"
"Cumprimento e puxo papo ou cumprimento e saio andando?"
"Será que espero ele me dar uma abertura pra fazer um comentário?"
"Será que ela tá de bom humor?"
"Será que não vou interromper um momento pessoal?"
"Será que eu vou perder essa chance?"
"Será que ela vai descobrir um talento em mim e me transformar em rico famoso?"

O fato é que algumas pessoas habitam o nosso imaginário como intocáveis, e acabam nos intimidando só com a sua presença. Mas pense pelo outro lado: será que esse monte de gente te admirando também não é motivo para se intimidar?

Por fim, outra coisa que acho que muita gente deve confundir: o fato de um famoso ter conversado com você, ter sido simpático e amigável não quer dizer que ele seja seu amigo. Já vi muita gente achando que por ter recebido um reply no twitter é parceiro de infância do transeunte formador de opinião.

Acontece que tenho a impressão de que nunca vou saber como me comportar na frente de uma pessoa dessas. E se, um dia fosse eu quem estivesse no papel do famoso, provavelmente também não saberia.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Isso me irrita.

Ultimamente venho percebendo como muitas coisas banais me irritam facilmente. E o pior: a culpa não é minha.

O simples fato de acordar com um despertador às 07h20 já é motivo pra que eu fique um pouco irritado. Enrolar um pouco e perder a hora acelera o processo de irritação. Pensar que estou acordando pra ir trabalhar me irrita mais um pouco. Levantar e lembrar que tenho que vestir a desconfortável roupa social me irrita mais ainda.

Andar 5 quarteirões pra pegar um busão lotado me irrita ao quadrado. Descobrir que o crédito do bilhete único acabou, me irrita mais um pouco. Escutar o funk do celular da preparada do lado me alivia , por que passo a me irritar só com ela e esqueço o resto por alguns momentos.

Descer do ônibus e pisar em uma poça de água, sem saber que o meu sapato tem um furo na sola me faz lembrar que o dia ainda pode ser bem mais irritante do que eu achava. E com o pé esquerdo molhado.

Chegar no trabalho e encontrar 4 e-mails da chefia com...
1. Novos projetos
2. Feedback
3. Pedido de favor pessoal
4. Comida de rabo por algo que deu errado, mas que não era culpa minha
...me irrita ao ponto de eu pensar que o Egito tá mais bacana pra morar do que São Paulo.

Almoçar e descobrir que as 3 folhas de alface do seu prato e um bife pesam o suficiente pra custar R$22 reais, me irrita o bastante pra eu pensar em virar um faquir.

Ficar até às 20h no trabalho por conta de uma cagada de outra pessoa me irrita de tal maneira que considero a possibilidade de entrar em contato com a assessoria do Osama Bin Laden pra mandar um currículo.

Voltar pra casa no busão que, agora está vazio, mas que me dá a oportunidade de pensar no dia que tive me irrita de tal maneira que imagino já ter um terreno de 500m quadrados garantidos no céu, entre os lotes de São Pedro e São Marcos.

Chegar em casa num baita calor e descobrir que a piscina está em manutenção me irrita ao ponto de imaginar que seria muito melhor que alguém não tivesse inventado o tal "lazer".

Desistir da piscina, entrar na internet e ver que sua (seu) namorada (o) ainda não teve a inteligência de apagar os recados do (da) ex do orkut e facebook me irrita de forma que considero passar um tempo no Tibet para aprender a ser monge.

Desistir da internet e ir pro sofá assistir ao jogo do seu time preferido, descobrir que vai passar o jogo do Paysandú e Itápolis me irrita o suficiente pra que eu assista a MTV.

Esquecer da hora vendo TV e descobrir que já é de madrugada, e que você vai acordar com sono no dia seguinte quando o despertador tocar me irrita ao ponto de eu escrever um texto pra colocar num blog inconsequente.

E você? O que te irrita?