quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Isso é uma indireta

Acho que falta uma percepção geral das pessoas sobre as indiretas da nossa vida.

As que recebemos de outras pessoas, as que nós fazemos questão de dar, as que fingimos não perceber, as que percebemos e que, na verdade, não são...

Uma indireta pode ser um recado, uma presença, uma ausência, um olhar, uma oportunidade, um testemunho, um comentário...

Por isso, seria ótimo se existisse um senso comum sobre as indiretas. Sempre que uso uma, quero fazer valer o meu ponto de vista sem que seja necessário dizer com todas as letras o que preciso. Você também faz isso, tenho certeza.

Mais: as indiretas, pelo menos as do meu estilo, servem sempre pra alertar sobre algo que, em minha opinião, seria dispensável dizer. Ou seja, sempre as utilizo quando acredito que a pessoa para a qual enderecei a minha ação indireta já deveria ter percebido o que eu quis dizer sem a necessidade da indireta.

Um exemplo simples, fácil, bonito e elegante: acabei de fazer um favor banal pra uma pessoa. Ela não agradece. Eu solto um singelo - “de nada!!”.
Ou seja, a minha conclusão é que, se há indiretas no nosso caminho, há algo errado em nossa percepção.

Mas elas representam uma remota chance de mudança, e sempre que as uso, é nessa chance que eu penso.

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