terça-feira, 24 de maio de 2011

A Síndrome do Umbigo

Pensando em prestar um serviço público de esclarecimento, O Inconsequente publica aqui um texto que é fruto de observação do comportamento padrão das pessoas ao longo de 24 anos. Uma chamada Síndrome.

O texto a seguir foi desenvolvido com base na experiência pessoal do autor e em conjunto com a apreciação dos movimentos pessoais de seu círculo familiar e de amizades, além de constatações com o conhecimento de casos públicos (que vemos todos os dias nos meios de comunicação).

O que se pode dizer a esse respeito é que todos nós estamos passando, já passamos ou passaremos pela Síndrome do Umbigo. É um tipo de síndrome que não escolhe classe, poder econômico, gênero ou qualquer outro tipo de segmentação social.

Essa síndrome diz respeito a tudo o que envolve os nossos caprichos individuais, tornando a individualidade o ponto de partida para a criação de todos os parâmetros ou ordens de comparação. Ao ler este texto, você poderá encontrar, em algum lugar de sua mente, exemplos de pessoas que sofrem dessa síndrome. Ou, se houver algum tipo de lucidez, se enxergar nela.

No fim das contas, a grande verdade é que todo mundo se encaixa. Uns com maior identificação do que outros.

Só que a síndrome é muito nociva às relações humanas. Sim, admito que é necessário ter amor próprio, mas não se deve confundir "self-care" com mesquinhez, pobreza de espírito e egocentrismo.

Partir do princípio de que os seus gostos, vontades e percepções são maiores do que os das outras pessoas é tão repugnante que quem passa a ser visto com diferença é o dono do umbigo em questão.

E não chame de persuasivo o infeliz que sofre da Síndrome do Umbigo. Quem se utiliza de argumentos para fazer valer o seu ponto de vista está jogando dentro das regras. A síndrome se aplica àqueles que não se preocupam com a opinião de terceiros, nem com a vontade ou fatores que serão explorados nos posts seguintes.

A Síndrome do Umbigo, tal qual outros problemas, faz sofrer não somente quem é acometido por ela, mas quem está ao redor do doente. Em determinados casos, não há jogo de cintura que contorne o poder da síndrome.

Por isso, se você conhece alguém com a síndrome, ou se você é o pobre coitado que está sofrendo com a síndrome de um terceiro, tome alguma providência. Ao contrário das síndromes mais conhecidas, a Síndrome do Umbigo é reversível. Grite, converse, olhe, indique, dê dicas. Mude.

É, no mínimo justo, que alguém tente fazer algo.

Um comentário:

  1. A minha percepção em relação ao texto é diferente da sua e não vejo nada de "inconsequente" por parte do autor.

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