quarta-feira, 29 de junho de 2011

Silêncio definitivo.

Estamos acostumados ao barulho. Principalmente quem vive nas grandes cidades. Há uma familiarização geral de todos nós com os sons, as palavras e orações que estão presentes em nosso caminho todo santo dia.

As buzinas e os motores dos carros que nos acompanham em nosso trajeto, as conversas paralelas das pessoas no trabalho, na faculdade, na fila do banco ou onde você estiver. Os sons de cada fonema de uma longa - ou curta - conversa também formam um pouco desse barulho que aturamos escutamos todos os dias.

O barulho já está tão incorporado em nossos comportamentos que pouco ou nada reparamos no silêncio.

O silêncio que é, em cada forma de expressão, definitivo. Completo. Veja, o silêncio é tão simples que se explica na ausência do barulho, na falta de som. Não precisa de palavras ou gestos para se fazer compreender.

Em cada situação, o silêncio sempre termina com a razão. "Quem cala consente", diz a sabedoria popular.

Estou calado quanto a isso.

Fabrício Carpinejar já fez algumas definições bacanas sobre o silêncio. Veja aqui, aqui e aqui.

O Silêncio traz a suprema aprovação ou a indesejada reprovação. Indica o ridículo e aplaude o extraordinário. Define o engraçado e censura o nefasto. Em alguns casos, o silêncio é uma prece.

Por isso, espero poder compreender cada silêncio que aparecer em meu caminho. Quem sabe, desta forma, isso me dê pistas para notar melhor os barulhos à minha volta.

Por fim, por favor, entenda. Prefiro fazer um pouco de silêncio.

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